Réus são condenados a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato de ex-vereadora em Piracicaba
Trio acusado pelo assassinato de ex-vereadora travesti de Piracicaba vai a júri popular Os três acusados pelo assassinato da ex-vereadora e líder comunitári...
Trio acusado pelo assassinato de ex-vereadora travesti de Piracicaba vai a júri popular Os três acusados pelo assassinato da ex-vereadora e líder comunitária Madalena Leite foram condenados a mais de 30 anos de prisão cada um. O júri popular terminou na madrugada desta quinta-feira (20), após quase 16 horas de sessão no Fórum de Piracicaba (SP). Wemerson Ferranti, conhecido como Sagui, recebeu a maior pena: 36 anos de prisão. Já Jéssica Silva e Marcelo Tomaz foram condenados a 32 anos cada. Os três foram sentenciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por uso de recurso que impediu a defesa da vítima, que tinha 64 anos. "A Justiça foi feita. Não foi apenas mais um júri realizado, mas a resposta da sociedade a um crime bárbaro, que ceifou não apenas a vida de uma líder comunitária, mas de um capítulo vivo da história piracicabana. Que a memória de Madalena permaneça em todos aqueles que ela ajudou em sua caminhada", afirmou o promotor Aluísio Maciel Neto ao g1. Madalena Leite, primeira vereadora travesti de Piracicaba Fernanda Zanetti/G1 Madalena atuou como líder comunitária no bairro Boa Esperança por cerca de 25 anos antes de entrar para a política. Ela se tornou a primeira vereadora travesti de Piracicaba, após disputar três eleições. Na sua vitória, alcançou a segunda maior votação do PSDB. Figura conhecida na cidade, Madalena era lembrada pela forte atuação social e pela defesa de pautas comunitárias. Júri durou cerca de 16 horas Familiares de Madalena em frente ao Fórum de Piracicaba durrante júri Edijan Del Santo/EPTV O julgamento começou por volta das 10h de quarta-feira (19). Sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens, ouviram depoimentos de testemunhas de acusação e defesa. Em seguida, os réus foram interrogados por quase quatro horas e responderam a perguntas do promotor, da juíza e dos advogados. 📲 Siga o g1 Piracicaba no Instagram Durante o julgamento, os três admitiram envolvimento em outros crimes, mas negaram participação na morte de Madalena. Chegada dos réus, acusados de matarem a ex-vereadora Madalena Leite, no Fórum em Piracicaba (SP) Edijan Del Santo/EPTV Disputa por liderança comunitária Segundo a denúncia do Ministério Público, a morte de Madalena foi motivada por vingança relacionada à disputa pela liderança comunitária do bairro Boa Esperança, em Piracicaba. O MP sustentou que um dos acusados, ex-braço direito da vítima, teria planejado o crime. 'Meu nome é Madalena': trajetória de ex-vereadora assassinada em Piracicaba inspira documentário O crime Madalena Leite foi encontrada morta em 7 de abril de 2021, dentro da própria casa. Ela tinha ferimentos na cabeça provocados por golpes de facão. O corpo foi achado por um vizinho, no sofá da sala, segundo o boletim de ocorrência. Nove dias após o assassinato, a polícia prendeu os três suspeitos. Eles já eram investigados por outro homicídio na região e, no momento da prisão, estavam com porções de droga e objetos que, segundo a Polícia Civil, pertenciam à ex-vereadora. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e Região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba